Se o leitor é um executivo, vendedor internacional, gestor ou quadro médio numa organização com negócios no exterior, então tal como eu deve estar cansado de correr para aeroportos no meio de tráfego intenso, estacionar com as malas na fila do check-in, enfrentar problemas com a bagagem, passaporte ou dificuldades com as suas reservas no avião. Tenho a certeza que também está farto de ser revistado e de se sentir como um criminoso apenas por querer fazer uma viagem de avião. Também já terá padecido com longas e intermináveis esperas nos salões de algum aeroporto enquanto aguarda por uma ligação aérea que por problemas com a metereologia ou com a logística teima em não partir.Por inúmeras vezes perdi 2 dias para viajar e me reunir com um fornecedor na Alemanha, fazer o reporting trimestral à administração na Holanda ou fechar um negócio com um cliente italiano. Se considerarmos o tempo e os recursos associados à preparação da viagem, à agenda, aos dossiers em aberto, à delegação de poder e tarefas durante a ausência, aos hoteis e ainda o tempo investido após o regresso para follow-up de todos os assuntos tratados durante a viagem facilmente concluiremos que o custo de uma breve viagem de negócios tem um impacto importante na produtividade da equipa e na eficiência dos recursos.
Por outro lado, sabemos o quão penoso é tratar de assuntos críticos ou de uma negociação decisiva por telefone. Ouvimos a voz do nosso interlocutor mas não vemos a sua expressão e atitude e também nós não conseguimos representar com o entusiasmo habitual já que nem os nossos gestos nem a nossa linguagem visual terá qualquer efeito. No início dos anos 70 o antropologista e especialista em comunicação Ray L Birdwhistell provou que numa conversação menos de 35% da mensagem é percepcionada através das palavras enquanto o restante é percebido através da expressão facial, dos gestos, da atitude, da linguagem corporal.

Tenho uma boa notícia para si. As viagens de negócios e os telefonemas penosos estão a tornar-se um instrumento obsoleto à medida que a tecnologia voip e a videoconferência estão a massificar face à facilidade e conveniência de utilização assim como em virtude do investimento e dos custos de operação serem hoje acessíveis a um cada vez maior número de empresas.
Soluções profissionais como as da Cisco, líder de mercado, e da HP vieram satisfazer as necessidades das grandes e médias empresas. Aproveitando a largura de banda hoje disponível e a tecnologia de compressão e transmissão de audio e video pela Internet desenvolveram soluções como a Cisco TelePresence que fazem com que o utilizador sinta como se os seus interlocutores estivessem presente na mesma sala, mesmo estando num outro continente. Através de vários ecrans de 65" com alta definição e um sistema audio os participantes numa reunião podem estar localizados em diversos pontos do globo e ainda assim sentirem-se reunidos. Podem-se levantar e caminhar pela sala que a sua voz será perfeitamente ouvida transmitindo a sensação real de movimento.

Há ainda um longo caminho a percorrer para a total adopção da tecnologia de voip, videoconferência e telepresença mas é um caminho sem retorno e inevitável. Sem dúvida que o custo de implementação, treinamento e utilização é ainda importante mas compensará francamente em organizações internacionais com grande necessidade de contactos entre os seus quadros e os dos seus parceiros de negócio em diferentes países.
O leitor poderá visitar uma exposição relativa a soluções de telepresença informando-se em www.telepresenceworld.com e através da revista www.telepresencemagazine.com.
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