O mais criativo e estrategicamente visionário plano é inútil se não for implacavelmente transformado em acção.
Tenho assistido a uma forte tendência para sobre-valorizar a capacidade de planear e de elaborar um plano estratégico criativo. Por outro lado, existe pouco respeito intelectual pela execução, pela capacidade de agir .
Ainda não há muito tempo, tive a oportunidade de trabalhar com o director geral de uma importante companhia no sector das TIs que investia muito do seu tempo na meticulosa preparação de planos de negócio, previsões, orçamentos e planos de acções. Produzia planos, mapas, gráficos e quadros de extremo rigor estético mas muitas vezes reflectindo cenários divorciados da realidade.
Estou a falar de alguem que me merece toda a consideração e reconhecimento do seu valor. No entanto, na sua difícil missão de gerir uma empresa tecnológica de 150 milhões de €uros sempre parecia previligiar o planeamento em detrimento da rápida e eficaz execução. Como consequência, esta era uma empresa gorda! Uma estrutura demasiado pesada no que se refere aos custos de exploração, extremamente complexa e burocrática, afastada do mercado e sem uma ávida consciência orientada para o cliente.
Na economia moderna, as organizações devem ser ágeis, leves, flexíveis e focadas na satisfação do cliente e na rentabilidade. Para desenvolver estas características e ainda uma cultura customer oriented e focada nos resultados é fundamental dispor de uma estratégia criativa e inovadora e que seja sistematicamente reflectida num bom plano estratégico. Mas de que adiantará todo esse esforço de criatividade e planeamento se não se for capaz de agir eficazmente e em tempo oportuno.
Literatura Recomendada sobre o tema da Execução:
- Execution: The Discipline of Getting Things Done, Larry Bossidy & Ram Charan
- Who Says Elephants Can't Dance? Inside IBM's Historic Turnaround, Louis V Gerstner Jr
- General Management: Processes and Action, David A Garvin
- The Knowing-Doing Gap: How Smart Companies Turn Knowledge into Action, Jeffrey Pfeffer and Robert I Sutton
- Results-Based Leadership, Dave Ulrich, Jack Zenger and Norm Smallwood
- Leadership: Managing in Real Organizations, Leonard R Sayles
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