Esta manhã enquanto tomava o meu café, assisti a um documentário que abordava a vida profissional dos pilotos americanos dos F-bordo dos porta-aviões que ocupam posições estratégicas no oceano Pacífico.
Estes profissionais têm um rendimento de 40.000 USD/ ano. Com as competências adquiridas este rendimento é muito inferior ao que poderiam facilmente obter na vida profissional civil.
No entanto, movidos pelo espírito de missão, de aventura, de permanente desafio optam por investir a sua vida numa carreira perigosa, declinando qualquer uma das muitas ofertas milionárias que já lhe foram feitas por empresas que lhe garantiriam uma vida mais confortável, estável e segura.
De referir, que na sua profissão estes pilotos não têm margem para uma segunda tentativa. Em muitos aspectos das suas acções, têm que ser bem sucedidos à primeira tentativa e o erro paga-se com a vida. Imaginam o que é aterrar um F-18 num espaço exíguo em cima de um porta-aviões em movimento, à noite? Sim a tecnologia ajuda, mas o risco é sempre elevado. Segundo o depoimento de alguns destes pilotos, apesar de toda a formação rigorosa, testes constantes e grande experiência, o procedimento de aterragem causa-lhes sempre desconforto e níveis de stress superiores a uma situação de combate. Têm à sua responsabilidade um equipamento de dezenas de milhões de dólares e a vida de várias pessoas, incluindo a sua.
Foi interessante confirmar, e fazer o paralelismo daquela realidade para com a vida do gestor comercial moderno ou do vendedor na economia competitiva do século XXI.
Estes pilotos são sujeitos a uma avaliação rigorosa, sistemática e científica para que ao menor sinal de qualquer debilidade ou ponto fraco, os profissionais que o apoiam possam intervir corrigindo a fraqueza e potenciando as forças. A formação é contínua e garante uma constante actualização de conhecimentos.
- Programas de motivação e combate ao stress
Apesar de integrarem uma equipa profissional excelente, que de forma minuciosa e atenta a todos os detalhes apoia o piloto para o sucesso da sua missão, estes profissionais vivem situações de elevado nível de stress e ansiedade, e o seu corpo e mente é diariamente sujeito a grande pressão e violência. Para evitar qualquer problema que possa prejudicar a sua performance e por em risco a sua vida e a missão, são desenvolvidos programas de motivação e resistência ao stress.
- Programas de liderança e trabalho em equipa
Para manter e potenciar o espírito de equipa e desenvolver uma grande capacidade de liderança, estes pilotos são integrados em programas de formação e desenvolvimento com os melhores profissionais no tema.
- Competências multi-disciplinares
O conhecimento e competências destes profissionais são abrangentes de forma a garantir um perfil polivalente e flexível com uma elevada capacidade de reacção e comando em stress e situações de crise.
- Excelência em estratégia e táctica
Uma das competências valorizada nestes profissionais é a sua excelência em estratégia e planeamento de acções e tácticas mas também, e principalmente, a sua capacidade de executar implacavelmente o plano determinado superiormente.
- Vistoriam o equipamento apesar da confiança
Os equipamentos F-18 pilotados por estes profissionais foram concebidos e construídos pelos melhores engenheiros do mundo com recurso à mais avançada tecnologia disponível. Foram alvo de aturados testes e ensaios antes de entrarem em acção. Quando já em operação, são objecto de rigorosa manutenção diária para que não falhe o mais pequeno detalhe.
Apesar disso, nenhum piloto sobe para o seu aparelho antes de fazer uma verificação pessoal exaustiva dos principais componentes do equipamento e verificar os relatórios técnicos para avaliar os trabalhos executados.
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