segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Angola - Mercado Estratégico

Este sábado participei como orador no seminário “Como Investir em Angola”, promovido pela ANPME e realizado no auditório do Clube Literário do Porto. É sintomático: quando em Portugal se fala de Angola, todos apuram os ouvidos, mexem-se nas cadeiras e absorvem tudo com ávido interesse. Enchem-se salas de conferência, enchem-se os aviões da TAP e da TAAG, enchem-se os hotéis em Luanda que apesar de caríssimos permanecem lotados ao longo do ano.

Contando com a moderação por parte do Prof Dr Augusto Morais, presidente da associação, e antes da intervenção da Engª Paula Hespanhol que nos anunciou as diferentes fontes de financiamento disponíveis para projectos de investimento em Angola, os apoios e linhas de crédito disponibilizados pelas instituições da UE e de Portugal e os incentivos ao investimento em vigor em Angola, intervi partilhando a minha visão e experiência defendendo o interesse estratégico do mercado angolano para a PME portuguesa que ofereça reais vantagens competitivas.

Durante duas horas os assistentes, concentrados, viajaram comigo pelos meandros das oportunidades e ameaças da emergente economia angolana, uma das que mais cresce no mundo nos últimos anos.

Como em qualquer processo de internacionalização, o empreendedor que se lança em novos mercados não o deve fazer sem antes o avaliar correctamente, ponderando as diferentes – muitas no caso de Angola – oportunidades, mas também os riscos. Para isso recomenda-se um estudo, uma análise, um diagnóstico e um plano de negócio que defina uma estratégia e, claro, um orçamento rigoroso.

Não deverá o empresário lançar-se sozinho. Deverá trabalhar inserido em redes de cooperação e servir-se de instituições sérias que disponibilizem apoio e serviços especializados, com experiência em Angola, que tenham perfeito conhecimento do quadro legal e das instituições e que possam facilitar o contacto com empresários angolanos e a realização de parcerias estratégicas.

Na sociedade do mais ou menos – a portuguesa -, Angola será para os mais enquanto os menos continuarão focados nas dificuldades e nos riscos, lamentando-se de tudo e de nada e reclamando mais ajuda do Governo.

Lamento por todos os que não puderam entrar na sala sobrelotada. Para esses e para todas as inscrições que não puderam ser aceites - por ultrapassarem os lugares disponíveis – irá a ANPME organizar brevemente um segundo seminário em data a anunciar.

Os meus parabéns e reconhecimento pelos mais de 30 assistentes que corajosamente assistiram a toda a conferência de pé, tal era genuíno e intenso o seu interesse nas oportunidades que Angola tem para oferecer.

O meu agradecimento às dezenas de empresários que me abordaram pessoalmente para apresentar e discutir os seus projectos de investimento na indústria, no comércio e na agricultura de Angola.

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